Meu
coração disparou – o nome disso é taquicardia – o que isso significava?
Emoções
que se confundiam com pensamentos, que alteravam meus batimentos, que me
embrulhavam o estômago, que me faziam suar, tremer, ficar vermelho.
Como
entender tudo isso?
O
professor de ciências chegou naquela tarde sem nada dizer. Colocou suas coisas
sobre a mesa, sentou e ficou estático.
Depois
de alguns bons momentos de convulsão coletiva, fomos nos aquietando, até que um
silêncio absoluto se fez...
E
do silêncio, uma música suave chegou aos nossos ouvidos.
O
professor levantou e começou a recitar um poema, que falava de sentimentos
sentidos, daqueles que doem fundo no peito e que levam até o mais insensível a
um profundo e puro silêncio.
Quando
terminou, algumas lágrimas já haviam rolado, outras insistiam em ficar retidas
aos olhos úmidos e um sonoro aplauso se fez ouvir. O professor também estava
emocionado!
Foi
assim que iniciamos nosso estudo sobre o corpo humano: pelo coração!
Em
seguida, outras disciplinas se juntaram a ciência: poesias, grandes personagens
da literatura, artes plásticas, matemática e educação física; todas reunidas em
torno do coração.
Descobrimos
o que é, para que serve e como cuidar, não apenas do coração, mas do corpo
inteiro.
Percebemos
algo maior do que uma máquina, encontramos um universo.
E
nos apaixonamos com a incrível viagem que fizemos.
Finalmente
pude responder as minhas dúvidas.
Entendi
que o coração é mais do que um músculo, entendi que o coração pensa, sente e
decide.
Aprendi
a conversar com meu coração e a ouvi-lo.
Quando
a gente entende o que o professor está ensinando e por que, não há luz que não
se acenda, nem coração que não bata mais forte, nem neurônios que não pensem e
sintam, porque caso você não saiba o coração tem neurônios – descobri isso com
as aulas de ciências – genial!
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