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VOO
Algumas tarefas são muito chatas pra se fazer e por isso
dão o maior trabalho e ocupam o maior tempo. Outras, dão o maior trabalho,
ocupam o maior tempo, mas que a gente nem vê passar, pois são muito legais!
Meu
passaporte foi uma dessas tarefas, das legais. Passei a tarde inteira
trabalhando, mas valeu a pena! Ele ficou demais!
Naquela
manhã o trânsito estava mais louco que o normal. Chegamos 3 minutos depois do
sinal. Corri para a sala, mas não havia ninguém. Fiquei arrasado. Achei que
tinha perdido minha primeira viagem com a turma, mas um bilhete preso na
maçaneta da porta salvou meu dia. Ele dizia: “Carimbe seu bilhete no guichê de
entrada e dirija-se à plataforma de embarque. Saída às 7: 50”.
Eu tinha 5 minutos para
carimbar minha passagem e chegar à plataforma de embarque, que eu não fazia a
mínima ideia de onde ficava. Corri até o guichê. A fila dos atrasados estava
terrivelmente maior do que o normal. Tentei falar com a coordenadora que
autorizava as entradas, mas ela disse apenas “espere a sua vez”. Eu tava
lascado!
Os próximos dois minutos
pareceram durar a minha vida toda.
Finalmente minha vez chegou.
Entreguei meu bilhete. A coordenadora me olhou séria, olhou para o bilhete,
olhou para mim de novo, e de novo para o bilhete, parecia se mexer em câmera
lenta, eu já estava a ponto de ter um treco, quando ela finalmente carimbou. Rapidamente
perguntei:
- Onde fica a plataforma de
embarque?
- 4º. piso.
- Obrigado!
Saí correndo. Tinha menos de
um minuto para chegar ao quarto piso. Tomara que eles não tenham partido sem
mim, era o que eu pensava enquanto subia o mais rápido que podia os degraus,
que àquela altura pareciam infinitos.
Cheguei.
No fundo do corredor sem
fim, o professor falou:
- Última chamada!
- Espera por mim!
- Que bom que você chegou,
João, só estávamos esperando pelo senhor!
Eu e o meus micos.
- Trouxe seu passaporte?
- Trouxe. – disse isso já
tirando a mochila das costas.
- Entregue-o junto com seu
bilhete.
O professor pegou meu
passaporte, olhou com atenção e depois abriu um grande sorriso dizendo:
- Pronto pra viajar, filho?
- Pronto.
- Bem-vindo a bordo!
- Obrigado!
Na porta da sala havia o
símbolo de um avião e um letreiro escrito “Cia Aérea Santos Dummont – dando
asas à sua imaginação!”
Entrei. Meus colegas já
estavam todos sentados, como se estivessem em um avião de verdade, duas
fileiras de cadeiras duplas, separadas por um corredor.
- Deixe sua mochila na área
reservada para bagagens e pode tomar o seu assento. – o professor disse isso
indicando o local onde já estavam as outras mochilas.
Em poucos instantes eu já
estava no meu lugar, ao lado de menino com quem ainda não tinha falado.
- Oi!
- Oi.
- Gosta de viajar de avião?
- Gosto.
- Eu tenho enjoo, às vezes
vomito.
Eu não sabia o que dizer.
- Brincadeira. Tô só te
zoando!
Fomos interrompidos pelo
professor que falava em um microfone:
- Bom dia, senhoras e
senhores, aqui quem fala é o comandante Roberto. Serei o responsável por conduzi-los
nesta viagem. Antes de iniciarmos os procedimentos de decolagem, gostaríamos
que assistissem a um pequeno filme sobre o sonho que retirou o homem do chão e
o levou a cruzar os céus e o espaço.
O filme foi muito legal!
Quando terminou o professor
comandante voltou a falar. Deu as instruções sobre o voo e as regras:
- Nosso voo terá duração de
20 minutos; enquanto estivermos voando, solicitamos que não sejam usados
equipamentos eletrônicos. Permaneçam todos em seus lugares e boa viagem. Por
favor, apertem os cintos e boa viagem.
Ouvimos o som das turbinas
sendo acionadas e do avião decolando. Em seguida o comandante falou novamente.
- Fizemos uma decolagem
tranquila, o céu está limpo e o cinto já pode ser solto; obrigado!
Depois de 10 minutos de voo,
o comandante passou oferecendo água, suco ou chá. Eu tomei água, meu colega
Bruno tomou suco. Fomos conversando durante toda viagem, até sermos
interrompidos pelo comandante.
- Atenção passageiros, apertem os cintos para
iniciarmos o procedimento de aterrisagem. Obrigado por escolherem a Cia Aérea
Santos Dummont, a única que dá asas à sua imaginação.
E agora, o que será que iria
acontecer?
Para onde aquele avião havia
nos levado?
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